É assim que o poético hino
municipal de Esperança-PB a declama. Encravada no alto do planalto da
Borborema, a cidade recebeu um presente no último dia cinco de agosto, dia que
se comemora a paz com os Índios Tabajaras e que hoje é marco fundante na história
da Paraíba, sob as bênçãos de Nossa Senhora das Neves, foi fundado na cidade o
seu Instituto Histórico e Geográfico. A institução estava em seus preparativos
há pelo menos 3 anos e tem como organizador e primeiro presidente o amigo
escritor Rau Ferreira, filho da terra que há muito escreve sobre o município,
quer seja em livro ou em seu blog na internet denominado de História
Esperancense.
Abrigou o evento nada mais, nada
menos que o auditório do antigo Colégio Diocesano, hoje Colégio Dom Palmeira,
um dos prédios mais importantes da cidade com arquitetura histórica e que teve
sua pedra fundamental lançada nos idos de 1945. O ar de mosteiro, marcado pela
presença do pátio da imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, deu um tom simbólico
a criação do silogeu, que tem como patrono Irineu Jóffily, intelectual muito
importante para a história de nosso estado a quem devemos, por exemplo, os
contornos de divisa da Paraíba. Jóffily subiu serras e montanhas emlombo de
cavalo para comprovar e demarcar nossos rincões. Seu local de nascimento é
incerto, o que deixa sua figura ainda mais emblemática pois nao se sabe
exatamente se foi em Campina Grande, Pocinhos ou mesmo Esperança, o que se
comprova mesmo é a importância de sua obra, incansável pesquisador que lançou
livors e criou jornais, como A Gazeta do Sertão.
Foi uma agradável manhã de
domingo, parti de Campina Grande na companhia de Ida Steimuller, José Edmilson
Rodrigues e Vanderley de Brito, nos juntando aos intelectuais Daniel Duarte
Pereira, Rau Ferreira, Evaldo Brasil, Michael Lopes, Antônio Monteiro, Ismael
Felipe, Milena Dôso, André Costa e tantos outros que estão imbuídos dos
objetivos desta casa de memória que é possibilitar a saslvaguarda do patrimônio
histórico e cultural da cidade, seus elementos materiais e imateriais, sendo um
grande respositório dos aspectos históricos de Esperança, cidade que possui uma
grande importância regional estando hoje entre as quinze maiores da Paraíba.
Fui agraciado como sócio fundador
da Cadeira nº 13 e meu patrono, assim como em Areia, é o Padre Luiz Santiago de
Moura, sacerdote que disseminou a doutrina católica em toda região do brejo e
curimataú, criando diversas capelas e mantendo-as com missas periódicas e aulas
de catecismo junto ao ensino público. Empresário, arqueólogo amador,
historiador, museologista, não era um padre muito convencional; era inventor de
engenhocas, piloto de avião, motoqueiro e radioamador. É com muita satisfação
que testemunho a criação de mais um Instituto Histórico de caráter municipal.
ora, vivemos no município e é por demais importante que cada um possa ter sua
cada de memória. quando em junho de 2013 recebemos em Campina Grande o Arno
Wehling, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (instituição
congêneremais antiga do Brasil), ele justamente incentivou a criação dos
institutos municipais, culminando com essa aura que tomou os municípios de
Serra Branca, Areia e agora Esperança. Vemos movimentações também em Picuí,
Remígio e outros municípios, notícia excelente.
Comom diz seu hino oficial:
Salve! salve cidade de Esperan;a/ Tu és linda como a flor da primavera/ O teu
pendão aos ventos desfraldados/ Oh! Lírio verde cresce e impera. E não tenho
dúvidas que com a crianção do Instituto Histórico e Geográfico, a cidade irá
progredir em conhecimento, pesquisa e autoestima, isto porque o que envolve os
aspectos históricos da cidade terão um outro tratamento e o presente para que
as futuras gerações possam conhecer seus primórdios.
* thomasbruno84@gmail.com
historiador e jornalista, sócio do IHCG, SPA e Abrajet
* thomasbruno84@gmail.com
historiador e jornalista, sócio do IHCG, SPA e Abrajet
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